Barreiras da inclusão no mercado de trabalho

Autor: Luiz Alexandre Souza Ventura

Quais obstáculos podem impedir a contratação de um profissional com deficiência? Falta de acessibilidade é uma dificuldade constante? Foco na Lei de Cotas pode atrapalhar? Existe preconceito? Há boas oportunidades? Entenda como todas essas questões interferem no processo de inclusão e saiba como vencer essas barreiras

A contratação de profissionais com deficiência é um desafio constante, ainda cercado de mitos e desconhecimento. Distorções sobre a diversidade no ambiente de trabalho geram situações de constrangimento para o candidato e para o entrevistador.

No caso do trabalhador com deficiência, há detalhes que criam barreiras, mas elas serão vencidas se houver informação correta e interesse real na inclusão.

Um fato já estabelecido é que o foco no cumprimento das exigências da Lei Nº 8.213/1991, a Lei de Cotas, pode ter resultado inverso à meta dessa legislação. Isso porque, com cada vez mais conhecimento sobre o que é necessário para que a pessoa com deficiência seja produtiva, exerça sua função com qualidade e contribua efetivamente para a evolução da empresa, centralizar atenção na quantidade de profissionais, sem oferecer vagas corretas, acaba por afastar os possíveis candidatos.

Esse ponto é um dos mais citados por profissionais com deficiência em todos os setores. A baixa qualidade dos cargos oferecidos e, por consequência, o reduzido nível salarial, são obstáculos reais. É muito comum a empresa ignorar a formação, a experiência, as vocações e habilidades do candidato com deficiência e apresentar uma proposta muito distante das metas desse candidato.

O resultado dessa dinâmica é óbvio e poderia ser revertido se houvesse mais entendimento sobre como o foco na pessoa, e não deficiência, tem maiores chances de sucesso.

A situação evidencia outra barreira, a do desconhecimento, construída pela falta de interesse no tema. O universo da pessoa com deficiência ainda está coberto por uma redoma de invisibilidade. Há dentro dessa redoma muita gente que atua diariamente para incentivar a inclusão e melhorar esse processo no dia a dia corporativo.

A prática básica é levar todos para dentro da bolha, o que é correto e fundamental, mas não pode ser o ponto final. O conhecimento adquirido nessa vivência precisa ser multiplicado e compartilhado do lado de fora. Acima de tudo, precisa se transformar numa ferramenta que ajude a promover a inclusão de fato.

Após treinamento e sensibilização, se os profissionais responsáveis pela inclusão – alguns contra sua vontade – não replicam na rotina do escritório o que foi apresentado nessa redoma, os processos não são desenvolvidos e os trabalhadores com deficiência se afastam.

Essa situação é potencializada pelo preconceito, muito presente no mercado corporativo, gerado pelo círculo vicioso que está fechado ao conhecimento. Contra o obstáculo do desconhecimento, somente o interesse do indivíduo em modificar os próprios pensamentos será transformador. Lembre-se: você conhece o que confronta.

Há ainda a questão da acessibilidade, algo que costuma ser encarado como muito complexo e, quase sempre, direcionado a interferências arquitetônicas. Em ambos os casos, essa avaliação superficial conduz a conclusões equivocadas.

O acesso tem de existir em todos os níveis e, centralizando no nosso tema, para todas as deficiências auditivas, físicas, intelectuais e visuais. Vala ressaltar que determinadas soluções de acessibilidade podem ser usadas por todos os funcionários da empresa. Esse recurso não estava disponível, talvez, porque ninguém havia observado esse detalhe.

Podemos sempre destacar a pesquisa ‘Pessoas com Deficiência – Expectativas e Percepções sobre o Mercado de Trabalho’, feita pela Catho em parceria com i.Social, ABRH Brasil e ABRH-SP. O estudo, já citado em outros textos, constatou que, na busca por uma colocação no mercado de trabalho, profissionais com deficiência priorizam salário, plano de carreira e pacote de benefícios. Não é o que todos nos queremos?

 

 

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Todos os profissionais abrangidos pela Lei de Cotas assinam a Catho sem pagar nada. Para garantir seu acesso grátis, você só precisa:

– preencher o formulário de cadastro no site: catho.com.br/pcd

– se identificar como um profissional com deficiência

– anexar o laudo que caracteriza a deficiência ou o certificado de reabilitação no INSS

 

Após validação da nossa equipe, o seu acesso fica disponível para as mais de 4 mil vagas anunciadas diariamente no site.

Use e espalhe esse benefício para seus amigos, ajude a promover a inclusão.

 

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 *O jornalista Luiz Alexandre Souza Ventura tem 47 anos e comanda, desde 2012, o blog Vencer Limites (www.VencerLimites.com.br), espaço de notícias especializado no universo da pessoa com deficiência, integrado ao portal Estadão (www.estadao.com,br). Em mais de 23 anos de carreira, atuou nas principais redações da grande imprensa brasileira, entre as quais estão Grupo Estado, rádios CBN e Globo, Editora Abril e o jornal A Tribuna (Santos/SP). Apresenta palestras e escreve sobre acessibilidade e inclusão para veículos de comunicação, empresas e instituições públicas e privadas de todos os segmentos.

 

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Fonte: https://www.catho.com.br/

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