Como diminuir o turnover e engajar os profissionais

Turnover é o índice de rotatividade dos colaboradores de uma empresa, ou seja, a entrada e saída de funcionários em um determinado período. Atualmente, por conta das mudanças no mercado de trabalho, o número de pessoas que permanecem pouco tempo em um emprego aumentou, e formar uma boa equipe tornou-se um desafio para o setor de recursos humanos. Mas, quais são os efeitos do turnover para corporações e colaboradores?

A troca de funcionários pode causar sérios impactos no negócio – entre eles perda de conhecimentos específicos, deterioração do clima organizacional, custos extras com desligamento e verbas rescisórias, custos com a contratação de novos funcionários e queda da produtividade. De forma geral, estima-se que um índice aceitável de turnover gire em torno de 5%.

Em muitos casos, a alta rotatividade pode estar ligada à gestão, ou seja, a maneira com que os superiores lidam com seus colaboradores. É claro que um profissional pode ser contratado para um cargo com o qual depois não se identifica, ao vivenciar o dia a dia da função. No entanto, muitas empresas já adotaram um modelo de gestão humanizado, buscando manter a motivação em alta. Hoje, as pessoas estão em busca de ambientes de trabalho flexíveis que sejam pautados pela igualdade e respeito.

A gestão por conflito – aquela em que os funcionários seguem regras fixas, horários nada flexíveis, pouca liberdade de expressão, e a cobrança por resultados é excessiva e contraproducente- é um dos principais motivos que levam profissionais a permanecerem pouco tempo no emprego. Para esses líderes, a rotatividade está ligada somente ao perfil dos colaboradores, quando na verdade existem questões de gestão que precisam ser revistas.

Trabalhador feliz e turnover

Agora a questão é como fazer com que um colaborador trabalhe feliz e permaneça na empresa? A resposta está na humanização que despontou como uma maneira de controlar o índice de turnover de muitas empresas. Já está comprovado que um funcionário feliz produz mais e traz mais resultados. Só que, para essa tal felicidade se manter, o gestor deve deixar de ser o chefe para se tornar um líder.

Com as mudanças nas relações de trabalho, as empresas precisam se modernizar e flexibilizar seu modelo de gestão. Por isso, a humanização está cada vez mais presente no ambiente corporativo, que tenta valorizar o ser humano por trás do crachá, procurando zelar pelo bem-estar de quem trabalha no local.

A humanização não irá acabar com todos os problemas do dia a dia no trabalho. Se as relações forem humanizadas, com certeza todos estarão melhor preparados para encontrar as melhores formas para solucioná-los. Por exemplo, um gestor contratar uma pessoa para um cargo e, mesmo com a humanização, os resultados não aparecerem, é provável que o perfil da pessoa não se encaixa com as atribuições da vaga. Assim, é possível recolocá-lo internamente, em outra função, identificando o seu propósito e o que mais o motiva, antes de pensar em desligar aquele funcionário. Sempre é recomendável que a empresa esgote todas as alternativas antes de dispensar um colaborador.

Além disso, a humanização pode ser notada até mesmo na disposição física dos espaços de trabalho. Algumas empresas já não utilizam o modelo antigo de escritório, em que a sala do chefe fica em um local separado. Agora, existe o “open space” em que todos os colaboradores, não importa qual o cargo, ficam em um mesmo ambiente, sem portas nem paredes. As relações são pautadas na transparência e colaboração.

Condições inadequadas de trabalho contribuem para que o funcionário peça demissão. Mesmo que o turnover cause mais problemas para a empresa, ele também prejudica o colaborador, já que, no momento em que ele abandona aquele emprego, pode sentir-se inseguro por não ter perspectiva de crescimento na carreira.

A felicidade no trabalho deve ser vista como algo mais amplo do que apenas o aspecto profissional, está ligada à qualidade de vida do trabalhador como um todo. Uma empresa que tem a humanização e o bem-estar dos funcionários como prioridade conseguirá manter os bons profissionais em seu quadro por meses, ou até mesmo anos.

É claro que sempre existirá rotatividade, porém, se o índice de turnover for muito alto, é preciso ligar o “sinal de alerta” e avaliar se a gestão de pessoas e o processo de contratação da empresa não está defasado ou equivocado. Reter talentos e investir em capital humano é fundamental para o futuro de qualquer empresa.

Abraços afetuosos.

 

Susanne Anjos Andrade é Escritora, Palestrante e Master Coach. Sócia-diretora da A & B Consultoria e Desenvolvimento Humano, empresa que desenvolveu o “Modelo Ágil Comportamental”. Leciona disciplinas sobre Coaching & Carreira, Liderança e Transformação Digital em diversos MBAs da FIAP. É voluntária no Grathi. Responsável pelo “Canal Humaniza-TI” do youtube. É autora dos best-sellers “O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil” – Editora Gente,  “O Segredo do Sucesso é Ser Humano” e do livro digital “A Magia da Simplicidade” – Amazon. Desenvolveu o programa “Trilha de Carreira”, disponível em http://ti.susanneandrade.com.br/trilha-de-carreira/

Contato: susanne@andradebarros.com.br

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Fonte: https://www.catho.com.br/

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