O que a neurociência tem a ver com a sua carreira, em seis lições

Atualmente tem muita gente estudando e falando sobre neurociência e suas aplicações. Hoje vamos refletir sobre o quanto estes seis aspectos abaixo estão relacionados à nossa performance nas organizações, nossa carreira e, acima de tudo, nossa felicidade.
1. RECOMPENSAS. Quase todo mundo age evitando ameaças ou buscando recompensas. Fazer uma coisa para ganhar algo em troca costuma ser motivador. A neurociência comprova que a recompensa desencadeia a produção de dopamina, um neurotransmissor ligado a foco, memória e entusiasmo. Está desmotivado? Pense em como pode criar mecanismos de recompensa para aquelas tarefas que você precisa fazer (mas que sempre adia).
2. INSEGURANÇA PSICOLÓGICA. A sensação de insegurança enche nosso corpo com o hormônio do stress. E este interfere no funcionamento de uma região do cérebro chamada córtex, que é responsável pela nossa atenção e raciocínio. Assim, por mais focados e inteligentes que sejamos, quando nos sentimos inseguros, somos menos. Então, vale listar o que provoca esta sensação e investir em eliminar algumas causas – infelizmente não temos poder sobre uma parte delas, mas sempre é possível eliminar algumas,  ainda mais sabendo das sérias consequências.
3. SEGURANÇA PSICOLÓGICA. A boa notícia é que estimulamos o funcionamento do hormônio ocitocina quando nos sentimos seguros, confiantes nas pessoas que nos cercam. E este hormônio contribui para o aumento da nossa criatividade, da nossa capacidade de colaboração e, finalmente, da nossa vontade de fazer um pouco a mais do que combinamos fazer. Nos ambientes propulsores desses comportamentos,  as pessoas se ajudam, confiam umas nas outras, não têm medo de expor seus erros, não são ridicularizadas por darem ideias.
4. REDE DE CONTATOS. Não é investir em ampliar a rede de contatos. É investir em ampliar a diversidade da rede de contatos. Gente que pensa diferente, de diferentes classes sociais. Pessoas de todos os níveis culturais, vindas dos mais diversos países, de todas as faixas etárias, com qualquer posição política. De todos os gêneros. Gente super religiosa ou agnóstica. E por aí vai. Se conseguir se aproximar, com interesse genuíno, de pelo menos um de cada dessa lista, e for capaz de ter uma amizade verdadeira, com contato profundo e frequente, apesar ou por causa das diferenças, aí você pode conseguir estabelecer sinapses em seu cérebro, e ele será jovem mesmo quando você envelhecer. Além disso, tem um outro fato científico. O cérebro aprende por meio de experiências individuais e sociais. Se você tem e nutre uma ampla e diversa rede de contatos, é comprovado que seu cérebro já evoluiu na parte associada a toda aprendizagem que tenha conteúdo emocional. Isso significa que você aprende mais rápido em ambientes colaborativos, em grupos (presenciais ou virtuais) ou onde exista afeto. Para você, trabalhar sozinho, sem contato com pessoas, pode ser uma tortura, e pode inibir sua capacidade de aprender.
5. CONCENTRAÇÃO. Já sabemos que a meditação ajuda nisso e naquilo. Mas o fato é que as pesquisas científicas comprovam que a prática constante de meditação altera a estrutura física do seu cérebro.  Melhora sua memória, sua prontidão, seu stress e sua capacidade de administrar as emoções. E tudo isso ajuda muito no aprendizado. A meditação ajuda você a manter o foco, a disciplina de começar algo e terminar, a presença integral no Aqui e Agora (sem pensar no que fez ontem e no que fará daqui a pouco). Mas não é só na meditação que você pode treinar o foco. Durante o dia você pode ouvir que chegaram mensagens do celular e tentar não ver na hora. Pode tentar não se dispersar daquele trabalho que precisa ser concluído – e que você nunca consegue, porque acaba dando uma passadinha nas redes sociais. Segundo especialistas, se você conseguir manter 60 a 180 minutos de concentração em um trabalho, estudo, projeto, ensaio etc – sem se distrair, você pode entrar no estado de Flow – aquele estado  em que você não vê o tempo passar, e tudo flui sem muito esforço.
6. DIFERENTES APRENDIZADOS. A neurociência comprova que, depois de semanas de prática de uma habilidade, as áreas do cérebro relacionadas a este aprendizado já são alteradas, ocasionando novos fluxos e sinapses. Poucas semanas de um novo aprendizado já começa a evitar a doença de Alzheimer. E quanto mais se pratica, mais o aprendizado é facilitado, por conta dessas sinapses. Vencendo os obstáculos do início de um aprendizado, fica mais fácil continuar.
Aos poucos, ampliamos e aprofundamos o entendimento sobre como funciona nosso cérebro, nossas emoções e nossas atitudes. E, principalmente, aprendemos a como interferir neles.
Rosangela Souza (ou Rose Souza) é fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas. Graduada em Letras/Tradução/Interpretação pela Unibero, Especialista em Gestão Empresarial, MBA pela FGV e PÓSMBA pela FIA/FEA/USP, além de cursos livres de Business English nos EUA. Quando morava em São Paulo, foi professora na Pós Graduação ADM da FGV. Desenvolveu projetos acadêmicos sobre segmento de idiomas, planejamento estratégico e indicadores de desempenho para MPMEs. Colunista dos portais Catho, RH.com, MundoRH, AboutMe e Exame.com. Desde 2016, escolheu administrar a Companhia de Idiomas à distância e morar em Canela/RS, aquela cidadezinha ao lado de Gramado =) . Quer falar com ela rose@companhiadeidiomas.com.br ou pelo Skype rose.f.souza

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Fonte: https://www.catho.com.br/

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