Referências Profissionais: porque pedem e o que perguntam

Autor: Jacqueline Carmo

Você sabe o que são referências profissionais e como funcionam?

Quem acha que a busca por um novo emprego envolve apenas as etapas de currículo e entrevista, está muito enganado. Um outro artifício muito usado pelos recrutadores para avaliar os candidatos de um processo seletivo é a verificação das referências profissionais. E aí, você sabe como elas funcionam e como se dar bem nessa fase?

Vamos te contar tudo o que você precisa saber sobre as referências profissionais

Usada como uma ferramenta de avaliação de candidatos a uma vaga de emprego, a referência profissional é solicitada por cerca de 70% dos empregadores, segundo uma pesquisa realizada pela SkillSurvey em 2015, e tem alto poder de influenciar as decisões dos recrutadores, positiva ou negativamente, pois possibilita a confirmação das informações passadas pelo profissional durante o processo seletivo, como a realização de determinadas atividades e o motivo do desligamento no emprego anterior, e o aprofundamento nas características desse candidato, como seu desempenho nos trabalhos em equipe, por exemplo.

Para que essa etapa favoreça o profissional em busca de recolocação, e não seja uma dificultadora, as referências profissionais devem ser bem planejadas e, claro, trazer informações condizentes com o aquilo que foi apresentado no currículo e entrevista, já que é neste momento que as eventuais mentiras contadas ao recrutador caem por terra – assim como a oportunidade de trabalho em questão.

Planeje bem suas referências profissionais

As melhores referências profissionais são aquelas que trabalharam com você e confiam no seu potencial. É muito importante que você escolha pessoas que vão recomendar bem seu trabalho e que estejam dispostas a isso. Converse antecipadamente com essas pessoas para alinhar esse processo e ter a garantia de que não será prejudicado por opiniões negativas.

Na hora da escolha, opte por antigos gestores, ex-colegas e, se for o caso, ex-subordinados. Assim, você receberá diferentes feedbacks sobre variadas atividades que desenvolveu e comportamentos admirados. Se você ainda estiver trabalhando, avalie bem se deve colocar o atual gestor na lista: se o relacionamento de vocês for saudável e ele souber que você está em busca de uma oportunidade, vale a pena considerá-lo; caso a convivência não seja lá das melhores ou se a busca por emprego ainda for um segredo, evite colocá-lo como um contato para não perder pontos no processo seletivo e no trabalho atual.

O ideal é que você escolha entre 3 e 5 referências, dependendo da sua bagagem profissional. Caso você tenha poucas experiências ou nenhuma, os entrevistadores entenderão que não há tantos contatos para opinar e você não será prejudicado por isso.

Mas, afinal, o que os recrutadores perguntam às suas referências profissionais?

Podemos resumir o objetivo da verificação de referências da seguinte forma: certificar que o candidato é realmente quem diz ser. Veja a seguir:

Atividades desenvolvidas: com as permanentes mudanças no mercado, cada vez mais as empresas e profissionais podem precisar adaptar as atividades executadas para atender novas necessidades. Com isso, muitas vezes, o profissional realiza tarefas diferentes daquelas previstas em seu cargo, e essas tarefas precisam ser confirmadas pelas referências profissionais. Perguntas como “pelo que ele era responsável?” e “me conte sobre o trabalho que ele desenvolveu enquanto colaborou em sua empresa” são comuns nesta etapa.

Relacionamento interpessoal e trabalho em equipe: dificilmente você irá trabalhar em um lugar com pouca interação com outras pessoas. Sejam elas colegas, clientes, fornecedores ou parceiros. Logo, é de suma importância para as empresas que você tenha a habilidade de se relacionar com as pessoas e trabalhar em conjunto. Para entender se você atende esse aspecto, as perguntas que poderão ser feitas às referências são “como era sua relação com ele”, “como ele lidava com o trabalho em equipe”, entre outras.

Ética e conduta: como ninguém quer queimar o próprio filme num processo seletivo, situações que podem ser consideradas problemáticas não são contadas pelo candidato ao recrutador. E o papel desse recrutador é descobrir possíveis falhas de conduta do profissional avaliado. Nesse momento serão investigadas situações de desvio financeiro, fraudes, trapaças, “puxadas-de-tapete”, intrigas, etc.

Comprometimento: o comprometimento pode ser considerado tão importante quanto as qualificações técnicas do profissional, pois apenas por meio dessa qualidade os resultados tornam-se reais. Por isso, os recrutadores buscam saber sobre a energia depositada no trabalho, perguntam sobre faltas injustificadas, atrasos e prazos não cumpridos. Além disso, é comum também que questionem se você esteve se atualizando em seu cotidiano com o objetivo de contribuir cada vez mais com os rendimentos do negócio.

Liderança: para quem está em nível de gestão, as chances de ter suas referências profissionais consultadas são ainda maiores. 84% dos que ocupam cargos de gerência disseram à SkillSurvey que tiveram a verificação realizada. Nesse caso, os recrutadores, precisam entender como era o ambiente de trabalho promovido pelo antigo líder, se havia um bom clima e boa convivência entre os integrantes do time. Perguntas como “ele favorecia alguém?” e “você gostaria de tê-lo como chefe novamente?” podem ser feitas nessa investigação.

Desligamento: o motivo de desligamento é um dos campeões das mentiras contadas aos entrevistadores. Aquele papo de “fui desligado devido a um corte na empresa” ou alguma outra desculpa esfarrapada será confirmada – ou desmentida – na verificação das referências. Então, além de confirmar se o motivo informado pelo candidato é verdade, eles querem saber se houve alguma intercorrência no desligamento, como uma grave falha de conduta, se houve demissão por justa causa e outros detalhes.

Redes sociais: não é mais uma novidade que as empresas buscam informações sobre os candidatos em seus perfis sociais. E, nesse caso, a referência é o próprio candidato quem passa. Para ser bem avaliado nas redes sociais, atente-se para não deixar públicos os posts que expressam opiniões polêmicas, discriminatórias e desânimo com a vida profissional.                                                                 

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Fonte: https://www.catho.com.br/

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